🩰 A Bailarina Brasileira que Criou Uma Empresa de U$5B
Luana Lopes Lara é fundadora da Kalshi, a principal concorrente da Polymarket e a primeira bolsa de previsões totalmente regulada dos EUA.
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🩰 A Bailarina Brasileira que Criou Uma Empresa de U$5B
A Kalshi é hoje a principal concorrente da Polymarket e uma das plataformas mais inovadoras do mercado financeiro global.
Avaliada em US$ 5 bilhões, ela permite negociar probabilidades de eventos futuros como se fossem ativos financeiros: inflação, eleições, oscars, clima ou jogos da NFL.
Um mercado onde tudo pode ter um preço.
E no centro dessa revolução está uma brasileira: Luana Lopes Lara
Mas antes de fundar uma empresa bilionária, Luana começou sua carreira de forma inusitada: nos palcos de ballet.
Nascida em Belo Horizonte, mudou-se sozinha na adolescência para Joinville (SC), onde integrou a Escola do Teatro Bolshoi – única filial oficial do ballet russo fora da Rússia.
Foram anos de rotina exaustiva: “oito horas por dia de disciplina Bolshoi”. Corpo no limite. Repetição até a perfeição.
Seu auge no esporte foi uma temporada no Lago dos Cisnes em Salzburgo, Áustria.
Até que aos 18 anos, largou tudo e trocou as sapatilhas por um novo palco inusitado: o MIT.
Lá, mergulhou em Machine Learning, estatística e algoritmos, formou-se em Ciência da Computação e Matemática, concluiu um mestrado em Engenharia de Computação e pesquisou no CSAIL, o laboratório de IA do MIT (antes da IA ser moda).
Nessa mesma época, ainda passou por uma imersão em Wall Street, com experiências em Bridgewater, Five Rings, Citadel.
Lá ela via os maiores fundos tentando prever o imprevisível, ponto que lhe trouxe o maior insight de sua vida até o momento:
“Por que complicar tanto? Por que não negociar probabilidades diretamente?”
Em 2018, ainda no MIT, conheceu Tarek Mansour e com ele, fundou a Kalshi. O nome veio do árabe: “Kalshi” significa “tudo”.
A visão era de que tudo que pudesse ser respondido com “sim” ou “não” podia virar um contrato financeiro.
Transformar essa ideia em realidade levou anos. A CFTC, reguladora do mercado futuro americano, não sabia como classificar a startup.
Era finanças? Era aposta?
Luana e Tarek insistiram: não era gambling, era hedge. Uma ferramenta legítima para precificar a realidade e se proteger de probabilidades de certas coisas em eventos futuros.
Depois de 18 meses de análise, em novembro de 2020, a Kalshi se tornou a primeira exchange de “contratos de eventos” regulada nos EUA.
Isso abriu margem para finalmente, em julho de 2021, a plataforma ir ao ar discretamente, apenas com mercados de inflação, desemprego e PIB.
Depois disso, as coisas começaram a dar certo:
Em 2022, a Forbes Under 30 EUA elencou Luana, a única brasileira da lista, na categoria de Finanças.
No ano seguinte, 2023, a Kalshi voltou todas as suas energias para os mercados eleitorais americanos.
A CFTC, o mesmo órgão que havia autorizado a atuação da empresa dois anos antes, não gostou da ideia. Disse que política era um tema “apimentado demais”.
Luana e Tarek responderam processando o próprio regulador, sob o argumento que eleições também são eventos econômicos e em 2024 venceram.
Em outubro deste mesmo ano, a Kalshi lançou os primeiros mercados eleitorais, e o sucesso foi explosivo: em apenas duas semanas, negociou U$1.4B.
Na noite da eleição, foi o app de finanças nº1 dos EUA, com U$42M em volume diário e U$1.97B no total.
Mesmo depois das eleições nacionais, a Kalshi seguiu crescendo e lançando novos mercados.
Até que em 2025, o projeto levantou US$185 milhões em uma Série C liderada pela Paradigm, avaliando a empresa em US$2 bilhões. Três meses depois, uma nova rodada de US$300 milhões de Sequoia e Andreessen Horowitz (a16z), que elevou o valuation da empresa para incríveis US$5 bilhões.
A Kalshi passou a operar a US$50 bilhões anualizados, com US$4 bilhões por mês.
Os mercados esportivos explodiram: US$1,1 bilhão apenas na NFL.
Com presença em mais de 140 países, a Kalshi se consolidou como a infraestrutura global da verdade, onde informação tem preço e preço reflete o que o mundo acredita.
Luana e Tarek não criaram apenas uma empresa. Criaram um novo tipo de mercado.
E a trajetória dela, de uma bailarina de Belo Horizonte a fundadora de uma fintech de US$5 bilhões, é um lembrete de que talento e disciplina podem transformar qualquer palco em revolução.
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