👾 A Jornada e o Desaparecimento do Pacman
A história do fundador da Blur e da Blast, que fez do FOMO um modelo de negócio.
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👾 A Jornada e o Desaparecimento do Pacman
Em menos de três anos, ele virou um dos nomes mais falados do universo cripto. Um prodígio anônimo, obcecado por descentralização e incentivos duvidosos.
Criou o maior marketplace de NFTs do mundo, superando o já consolidado OpenSea. Lançou uma Layer 2 que arrecadou U$2,2 bilhões sem sequer existir.
E depois de um tempo... sumiu.
Essa é a história de Pacman, o garoto-prodígio, que começou anônimo e transformou o mercado de blockchain e NFTs em um laboratório de incentivos.
🧩 Origem e primeira empresa
Nascido nos Estados Unidos, Pacman aprendeu a programar sozinho. Aos 16 anos, largou o colégio para construir projetos próprios.
Dois anos depois foi aceito no MIT, mas largou tudo depois de ganhar a Thiel Fellowship, o prêmio de US$100 mil criado por Peter Thiel para jovens que preferem criar empresas a fazer faculdade.
O dinheiro o libertou para seguir sua obsessão: propriedade digital e descentralização.
Entre 2018 e 2021, Pacman fundou a Namebase, uma plataforma de domínios descentralizados.
A ideia era simples: tirar os domínios da Web2 das mãos das corporações e entregá-los às pessoas.
A empresa levantou U$5 milhões, movimentou dezenas de milhões em transações, e foi vendida para a Namecheap em 2021.
Foi seu primeiro grande “exit”. E com o bolso cheio, decidiu dar all in em cripto.
⚡️ A Guerra dos JPEGs
2022 foi o ano em que Pacman resolveu desafiar o OpenSea, maior marketplace de NFTs da época. Criou a Blur, um concorrente desenhado não para artistas, mas para traders.
Sem royalties ou taxas, e com incentivos agressivos através de pontos e promessas futuras de tokens. Tudo isso em uma boa e avançada interface.
Em poucas semanas, a Blur ultrapassou impressionantes 40% do volume total de NFTs da Ethereum.
O airdrop distribuiu 12% do supply dos tokens do projeto e movimentou mais de US$400 milhões em uma semana.
Nessa época ninguém sabia quem era Pacman.
O fundador havia optado por seguir anônimo, até que em fevereiro de 2023, durante o tão esperado airdrop da Blur, decidiu se revelar por pressão pública e pela necessidade de dar legitimidade ao projeto.
💰 A L2 Que Atraiu Bilhões Sem Existir
Estava tudo dando certo, e Pacman decidiu apostar no seu projeto mais ambicioso: uma rede de segunda camada da Ethereum com rendimento nativo, chamada Blast.
Uma L2 que prometia pagar juros automáticos em ETH e stablecoins, só por possuir recursos parados em endereços da rede.
O anúncio da Blast foi um dos momentos mais surreais da história recente de cripto. Não existia produto, documentação detalhada, absolutamente nada. Apenas uma landing page explicando a ideia e anunciando esse rendimento nativo.
Mesmo assim, em poucas semanas, a Blast atraiu mais de US$2 bilhões em depósitos.
Novamente tudo em troca de pontos, como promessa para seu futuro airdrop de tokens.
A mecânica fazia sentido no papel: o rendimento viria do staking de ETH e dos juros em stablecoins. O gás da rede seria redistribuído aos devs. E o medo de ficar de fora (FOMO) de fazer parte de um novo lançamento do Pacman, fazia o resto do marketing.
Até a Paradigm, um dos maiores fundos de investimento do mundo cripto (que também investiu na Blur) apostou no projeto.
💀 O crash do castelo de incentivos
Apesar de suspeito, tudo vinha dando certo. Mas em 2025, o castelo começou a ruir.
Em um mar infinito de novas redes de segunda camada, o TVL da Blast despencou de US$2,2 bilhões para US$58 milhões. Uma queda de 97%.
Após o lançamento do token BLAST, seu preço despencou imediatamente.
Até os projetos que nasceram na rede como memecoins e coleções de NFTs abandonaram o barco.
Enquanto isso, a Blur, que chegou a dominar o mercado NFT, viu seu volume diário cair para menos de US$120 mil e perdeu grande parte do marketshare que havia conquistado.
A Paradigm se afastou publicamente.
E Pacman… simplesmente desapareceu. Desde maio de 2025, nenhuma postagem.
A Blast virou uma rede fantasma, e a Blur, uma DAO debatendo a cobrança de taxas para sobreviver.
O gênio anônimo, que uma vez desafiou a OpenSea e levantou bilhões com um “slide de Power Point”, agora passou a ser tratado como um fundador questionável.
Pacman apenas mostrou o que acontece quando os incentivos são colocados acima de tudo, e provou que esse hype é insustentável no longo prazo.
A Blur e a Blast foram produtos perfeitos para o que os degenerados queriam no momento, e elas deram muito dinheiro para algumas pessoas.
Ele construiu o jogo que todos queriam, e perdeu assim que o público parou de jogar.
Essa edição foi inspirada na Thread do @StarPlatinumSOL
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