🧠 Brian Armstrong: o engenheiro que levou o Bitcoin à Nasdaq
O cara que criou a Coinbase do zero e a levou até um valuation de US$112 bilhões.
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🧠 Brian Armstrong: o engenheiro que levou o Bitcoin à Nasdaq
Brian Armstrong não é o tipo de fundador que busca os holofotes. Ele não discute no X, não dá entrevistas polêmicas, tampouco virou meme da cultura cripto. Mesmo assim, foi ele quem liderou a Coinbase desde o início, transformando um projeto part-time em uma das maiores empresas de cripto do mundo.
Nesta edição da Bom Digma, vamos conhecer mais a fundo sua história.
👶 Das Primeiras Linhas de Código ao Primeiro Milhão
Criado nos arredores de San José, Califórnia, Brian cresceu em uma casa de engenheiros. Sempre foi introvertido, e encontrou nos computadores seu canal de expressão.
Estudou ciência da computação e economia, e em 2003 ainda na faculdade criou um site de tutoria online.
Esse site deslanchou e acabou vendido por US$2 milhões uma década depois. Mas mais do que o valor ganho, essa foi uma prova de que Brian conseguia tirar ideias do papel e torná-las produtos reais.
🔧 O Surgimento da Coinbase
A ideia da Coinbase nasceu de duas frustrações vividas por Brian. A primeira veio ao tentar expandir sua startup de tutoria para fora dos Estados Unidos, quando se deparou com as limitações do sistema bancário tradicional: taxas altíssimas, burocracia e transferências lentas.
A segunda veio em 2005, durante um intercâmbio de um ano na Argentina. Lá, Armstrong vivenciou o colapso de uma economia marcada por inflação descontrolada, congelamento de contas e forte desconfiança no dinheiro estatal. Essas experiências o levaram a questionar o modelo financeiro vigente e moldaram sua visão sobre liberdade econômica.
Essas experiências ficaram gravadas e, em 2010, quando leu o whitepaper do Bitcoin, tudo fez sentido. Ali estava a proposta técnica e filosófica para combater os vícios do sistema fiduciário.
A partir disso, em 2011, Brian começou a desenvolver o código para uma plataforma que facilitasse a compra de Bitcoin, lançando as bases para o que se tornaria a Coinbase.
Trabalhando nas noites e fins de semana, em paralelo a seu trabalho como engenheiro no Airbnb, ele dedicou cerca de um ano e meio ao projeto.
Depois de dezenas de “nãos” de investidores e muitos meses tocando o projeto solo, Armstrong encontrou um parceiro ideal: Fred Ehrsam, ex-Goldman Sachs e entusiasta cripto.
Juntos, fundaram oficialmente a Coinbase em junho de 2012, após conseguirem um investimento inicial de US$ 150 mil da Y Combinator.
🧱 A Consolidação da Corretora
Entre 2013 e 2018, a Coinbase consolidou seu crescimento. Bateu seu primeiro milhão de usuários em 2014, em 2017 já estava presente em 32 países e captou mais de US$ 200 milhões em quatro diferentes rodadas de investimento privado, respaldada por fundos como a16z, Union Square, e até a bolsa de Nova York.
Em 2018, mesmo com o inverno cripto, a empresa lançou o Coinbase Prime para institucionais, criou o Coinbase Ventures e atraiu mais US$ 300 milhões em investimentos, elevando seu valuation a US$ 8 bilhões.
Mas ainda assim, foi abalada com a baixa do mercado. Como esperado, seu volume de negociações despencou e a receita encolheu, os obrigando a segurar contratações e cortar custos.
Foi um teste de resiliência. Armstrong manteve o foco e preparou a empresa para o próximo ciclo.
🚀 O IPO e o salto para o mainstream
Três anos depois, em abril de 2021, a Coinbase estreou na Nasdaq, bolsa de valores americana. A empresa foi avaliada em mais de US$100 bilhões no dia da estreia. Armstrong, que detinha cerca de 19% das ações, viu seu patrimônio pessoal ultrapassar os US$11 bilhões.
A listagem foi um marco: era a primeira corretora cripto a se tornar pública em uma das principais bolsas dos EUA.
Desde então, a Coinbase passou por uma transformação significativa. Em 2024 se favoreceu bastante com a aprovação dos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos, custodiando 8 dos 11 fundos disponíveis. Também lançou a Base, uma rede de segunda camada da Ethereum que instantaneamente ganhou tração e atualmente é a maior L2 da Etherem em termos de valor travado (TVL).
📌 O legado de Brian Armstrong
Enquanto muitos disputam espaço no palco, Brian construiu uma das empresas mais relevantes da era digital com silêncio e consistência. Sua trajetória mostra que visão de longo prazo, execução disciplinada e foco em produto continuam sendo as armas mais poderosas de qualquer fundador.
Hoje, sua a corretora:
Atua em mais de 100 países, incluindo o Brasil;
Custodia mais de US$273 bilhões em criptoativos, sendo a maior custodiante do mundo;
É custodiante dos ETFs de Bitcoin e Ethereum de gigantes como a BlackRock;
É a única exchange cripto listada na NASDAQ;
Possui mais de 108 milhões de usuários no mundo;
É considerada uma das corretoras mais seguras do setor por veículos como a Forbes;
E ainda guarda as reservas de cripto do governo americano.
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