🦾 Roy Lee, O Gênio da Trapaça
De expulso da universidade a fundador de um império de copilotos invisíveis.
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🦾 Roy Lee, o gênio da trapaça
Cluely é uma IA invisível. Literalmente. Ela se esconde por trás do Zoom, Google Meet ou qualquer outra plataforma de reunião. Atua como um “copiloto” fantasma: escuta tudo, processa em tempo real e sugere o que você deveria dizer — durante entrevistas de emprego, reuniões, calls de vendas ou apresentações.
A ferramenta nasceu após seu criador, Chungin “Roy” Lee, ser expulso da Universidade de Columbia por usar uma IA parecida — o Interview Coder — para trapacear em entrevistas de emprego com empresas como a Amazon.
Mas em vez de se esconder, Roy dobrou a aposta. Pegou o mesmo conceito, ampliou o escopo e fundou a Cluely. Captou US$ 5,3 milhões com fundos como Abstract e Susa Ventures e hoje diz, com todas as letras:
“Trapaceie em tudo.”
📉 A queda (ou o impulso?) de Roy Lee
Roy havia usado o Interview Coder para vencer um sistema que muitos já consideravam falido, especialmente nas Big Techs: entrevistas cronometradas com problemas abstratos, conduzidas por recrutadores despreparados e que raramente avaliam o que importa na prática.
Roy Lee fazia questão de destacar isso: estudantes internacionais, profissionais com backgrounds não tradicionais ou em transição de carreira — todos perdiam espaço em um sistema padronizado, que prioriza decoreba sob pressão em vez de raciocínio aplicado.
Quando foi descoberto utilizando o Interview Coder, Roy expôs a fragilidade do modelo e levantou a discussão da assimetria incômoda entre candidatos e empresas: “as companhias usam IA para filtrar currículos, ranquear perfis e até rejeitar automaticamente; mas quando o candidato usa IA, vira trapaça".
🕹️ Cluely: cheat on everything
Suspenso de Columbia, Roy não recuou. Dobrou a aposta.
Lançou o Cluely, um copiloto de IA “invisível” para entrevistas, reuniões, vendas, apresentações e chamadas ao vivo.
A promessa é clara: dar superpoderes ao usuário, sem ser detectado por Zoom, Meet ou sistema semelhante.
Enquanto isso, grandes empresas como Deloitte, Anthropic e Google já tentam se adaptar a utilização de IA em seus processos seletivos.
♟️ Roy é o vilão... ou só entendeu o jogo?
Será que o verdadeiro problema é o Roy Lee ou o sistema que ele resolveu gamificar?
Isso também é sobre o estado dos processos seletivos modernos e a chegada de uma nova geração de ferramentas que não pedem licença, só funcionam.
Seu sucesso abre caminho para que a próxima geração de talentos venha acompanhada de copilotos invisíveis. E que o desafio, a partir de agora, será menos sobre detectar colas — e mais sobre redefinir o que é trapaça em um mundo onde todos têm superpoderes.
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